Conversa consigo mesmo
O que se esconde por trás da nossa consciência?
Seria um pensamento involuntário que nos aconselha?
Um conto de Luciano Rocha C. V.
Mente e espírito são interligados, por isso todas as comunicações extra materiais surgem no interior do cérebro.
Vindo de dentro ou de fora a consciência é uma questão enigmática, assim como a consciência geral da humanidade.
21/01/2010
Vila Velha – ES
Sou o errante correto, caminhando pelo torto do lado certo. Quando sinto, falo, quando penso, reflito.
Não há nenhuma luz no plano material que não tenha alguma sombra. Por isso ensombrado estou mesmo não querendo estar. Como uma vela acesa dentro de um globo de vidro fume, sou eu abafado pelo mundo e por mim mesmo.
Mas como acendo se não há ar? Não precisamos de ar depois que paramos de respirar, mas estamos acesos, em outra vibração, em outra vida, e a fagulha que ilumina ao redor é a energia que nos sustenta.
Firme, seguro, solto e burro ao mesmo tempo, me atento ao que vejo e me deixo vacilar, viajando nos pensamentos que bóiam pelo ar.
Será a insegurança uma questão boba que se pode ignorar, ou será o sino do despertador que nos lembra de lutar? Fraquejar é necessário para superar? Será que dou ouvidos a inquietação ou devo esperar?
Quem pensa no que pensar se esquece do agora, pula no presente para outrora ou regressa no passado, coletando o aprendizado pelo qual o progresso nos foi dado. Lado bom, lado ruim.
Ao ritmo do dia-dia, um raciocinava, outro dormia, os dois atos são precisos, se tivéssemos mais que vinte e quatro horas ou se os afazeres não nos consumissem tanto, muitas vezes evitaríamos o pranto, por que saberíamos o que fazer.
A cabeça que não se movimenta estaciona num terreno vazio, ao invés de um campo com arvores, cheios de livros.
Sou único e igual, cheio e vazio, quando acordo, durmo, e quando durmo respiro. Vejo os defeitos e as qualidades, me evoluo e depois recuo, pois nos próximos degraus não conseguirei subir com apenas um pulo.
Eu falo serenamente e às vezes penso em gritar e cuspir, é difícil conservar a calma com tanta coisa ruim que temos que ver e ouvir. De algum lugar vem à força que nos aconselha a agir, reprimimos e expulsamos a energia negativa e chegamos sem maiores erros ao final do dia.
Vemos muitos falsos e covardes, ignorantes e corruptos, mas não devemos nem pensa-los como tais, pois até nós, homens de bem, somos hipócritas e confusos. Sim eu disse hipócrita, por que lembramos mais que os outros, do certo e do errado, e não conseguimos superar nossa bondade, e nem evoluir demais o espírito, do que já se fez.
A culpa é do mundo? É. A culpa é da sociedade? Pode ser. Mas a culpa é relativa ao ponto de vista. Vivemos num mundo onde ser bom e puro é muito difícil. Mas o motivo de vivermos aqui é exatamente este. Se fosse tudo muito fácil não haveria evolução, e o compromisso seria menos importante do que é.
Então os filósofos já não pensaram demais? Pra que pensar mais? Pra que ser visionário? O pior cego é o que não quer enxergar, de fato. Sempre haverá pensadores, pois o pensamento vem de uma corrente infinita, que não cessa, nem quando um gênio pensa por todos e nem quando todos pensam por causa de um gênio.
Não sei por que não vivo logo a deixar a vida me levar, como ondas no mar, se o que fazemos tem motivo e causa universal que não foge ao que já foi escrito, e se mudarmos ainda sim tudo se encaixará como foi dito.
Será este o propósito de agir, ou não agir? Será que devemos abraçar ou fugir? Esquerda e direita. Ando no meio, oscilando em forma de onda, deixando o efeito vivo da mudança, movimento instantâneo que acalma e irrita.
Já não há carros demais nessa pista, serão os moradores todos turistas?
E esses mal educados que surgem sem avisar, antes da gente se afastar, para não se sentir perturbado. Mas crianças também são às vezes descontroladas e barulhentas, lhes falta à noção da harmonia, são fortes demais, ou fracas demais, muito concentradas ou muito desligadas, afinal não importa, nós é que devemos educá-los e ver seu progresso.
É da sua conta? Você se importa? Obrigado. Boa tarde. Estranhos, apenas estranhos. Estranhos irmãos e irmãs, ora diferentes, ora parecidos, feios e bonitos, quietos ou não. Para que tudo isso? Por que esse conflito? Olhares procurando algo que não está por perto, talvez na paisagem, no incerto. Muita gente, pouca fala, movimentando a cidade a cada hora, numa confusão organizada pelo tempo de cada compromisso, pelos prazos e necessidades.
Então somos todos loucos. Pois o tempo é uma marcação inventada, corremos para todos os lados, por causa de um numero imaginário, que corre, corre, e nos deixa malucos antes que a aposentadoria seja concretizada.
Os remédios são lucros para os comerciantes, são indispensáveis para o sono de muitos, apesar de seus preços abusivos, são cada vez mais comprados e consumidos. O mundo se torna a cada dia mais drogado, e a cada noite mais alucinado.
Drogas naturais, químicas, visuais e perceptíveis, presentes na vida, no dia ou no final de semana, por meses, anos ou quase nunca. A mente precisa de descanso ou aceleração, experiência ou distração? Talvez um pouco de cada, talvez seja apenas cultura, modificada e comercialização.
Os índios de cem anos, os índios de mil anos, e além deles outros de vinte mil. Quem viveu primeiro, no mundo ou no Brasil? Quem respirou os ares gelados e áridos, quem descobriu e repercutiu? Somos índios modernos, do cimento, do concreto, vivendo ao avesso, contentados com o incerto.
Nossas religiões são crenças politizadas. É a primeira base para o cego se apoiar, uns ainda conseguem absorver o conhecimento essencial lá no fundo escondido, mais a maioria apenas escutará e seu espírito continuará reprimido.
Não sou inteligente, sou apenas pensante, um monte de carne ambulante, dotado de uma alma pulsante, ou então não estou mais aqui. Não sou dono da verdade, mas a verdade é nossa dona, mesmo que não a conhecemos para saber o que é.
Por isso desde muitos milênios não chegaram a uma religião correta e eficaz, por que esta não existe. Existe o bem do homem, a educação, conhecimento e o amor. Não sei se tenho algo parecido, mas devo ter, já que vivi alguma vida antes dessa e outra vou viver.
Não me estranhe, não me xingue, se não me dará o direito de o mesmo fazer. Não se zangue, nem desanime, a vida é tão fácil que não conseguimos a entender.
Por isso eu sou assim, do jeito que sou, não quero ser diferente, nem ficar ausente, penso, falo, sinto, escrevo. Se fosse um ator interpretaria a mim mesmo.
Quem é aquele ali, sujo e mal vestido? Ele veste a fantasia de um mendigo, passa fome só para interpretar com realismo. Bafora cola para entrar no clima e esquecer das necessidades. A humildade dele já virou falta de dignidade. Quem se importa. Alguém se importa?
Tem atores mirins também, vejam só! Catando lixo com os pés descalços. Excelente interpretação, quando chegar à fase adulta ganhará o prêmio da descriminação. Só não sei por que ninguém repara neles, como se fossem invisíveis.
Nós somos invisíveis, com tanta gente ao redor e ninguém se vê. Às vezes nos escondemos de nós mesmos, consumidos pelos defeitos ou vontade de ficar inativo, em transe pensativo, sem nenhum pensamento algumas vezes, mas algum sentimento há de permanecer.
E as qualidades natas? Da onde vem? Do aprendizado que não se perde pelo infinito, tempo que morre e renasce sem parar. Vestígio do passado ou do futuro, da verdade ou do escuro? Os descrentes não querem crer, e os que acreditam não conseguem entender. Aos poucos a areia cai, esgotando o cronômetro, cansativa evolução em porte lento e econômico.
Eu sou um novo velho, ignorante sábio, crio, invento e sigo, penso e sinto além de mim e por dentro também, me torno refém de mim mesmo.
O maior inimigo está na mente, que coordena ou é coordenada, decifra as cenas ou vive enganada.
Ai vem à tentação. Suja, limpa, com ou sem perdão. Lutamos ou nos entregamos, agradecemos ou reclamamos das mentiras que nos contamos.
Vento sopre e carregue! Vento sopre e varra as ruas! Deixe as maldades nuas e as mentiras descobertas. Leve para o mar de preferência, na água de sal purificar, onde os bons se reúnem para o sol e a lua admirar.
Talvez essas catástrofes sejam paradoxo e remédio, para acabar com o tédio, já que o homem gosta de ver tragédias. A causa é o desrespeito, pois a natureza para nós era um seio, a alimentar e proteger.
Esquivo de um lado e de outro, no alto do muro ando solto, tentando bater as asas para voar, somente a poucas distâncias consigo continuar. Em vez de dizer eu penso, em vez de pensar eu digo, ao sentir respiro o ar do vácuo, que cura o meu naufrágio ou me faz chorar.
E é nessa linha que me balanço, nessa música que danço, na melodia que arranjo para aprender a fazer o canto.
Tem piratas e canalhas, homem da caverna e irmão metralha, de ousadia e covardia, gentilezas e fraquezas. Cada um ao seu estilo, cada palavra tem seu grito, cada vida uma evolução entre a faca que comete ódio e o coração que pede perdão.
Tem mandingas, encruzilhadas, oferendas despachadas, pura ignorância disfarçada em crenças egoístas deturpadas.
Dizem que vão juntar os negros num só lugar, um país de brancos também os nazistas queriam formar, não percebem que cores não fazem diferença, é que dizem da boca pra fora sem ter nenhuma consciência.
E os orientais, com filosofias isoladas, fazendo meditação pesada sem visitar a quem precisa. Por milênios se abastecendo de conhecimento, que se perde no tormento dos dias atuais.
Xô Satanás! Xô Quem? Inventaram nome e sobrenome, apelido e superstição, não sabem que o mal só aparece em quem lhe estende a mão? E dizem que quando matam e roubam à culpa é dele, que possui os desviados. São apenas ignorantes espíritos que foram convidados pelos atos, de quem se abre para o mau olhado e olha mal o bem aventurado.
Quando o ano vai para se renovar, lembramos das derrotas e vitórias que vivemos, e que ainda teremos que conquistar. Mas esse tempo não faz sentido, se tudo é único e infinito, se tudo se movimenta e quase nada é igual. Calendários, medidas, noções, é melhor acreditar no mais fácil de calcular, do que dar sentido ao sentimento e percepção ao invés da razão.
Ninguém lembra e nem quer saber, melhor festejar para alegrar o dia que vai nascer, ver se o estresse some e o cansaço da ressaca nos consome, ou então passar a madrugada rezando, esperando algo acontecer. Mas nada acontecerá. Só se o pensamento virar ação, depois de ajoelhar tem que se erguer e procurar alguém para dar as mãos.
Fé sem esforço não tem valor, assim como um beijo sem calor, sexo sem amor, e bondade sem caridade. Levante! Eu disse, levante-se. Ou deite sobre si mesmo, caia no buraco do meio, flutue e chegue num lugar que ainda não viu, dentro de você na espiral que se abriu.
Não adianta alertar nem falar. Parece que ficarei só a pensar, engulo minhas palavras e não revelo o mundo que você não vê. Pisa nele, o vive, mas não quer entender, então durmo e repouso para algumas vezes aparecer, despertar alguma célula do amor ou do saber.
Rastros e mais rastros, pelo chão e pelo ar, pensamentos, matéria, e sentimentos a manchar. Seguindo e seguidos, calados ou ouvidos, lidos em itálico e negrito. Eita surdo que não vê, e o cego que enxerga mais que muita gente, já brotou a semente que cresce a arvore de Júpiter.
E esse lápis que não risca, é como palavra de falso crente, que não sabe o que fala e desmente muitas vezes o que disse antes.
Eu sou a minha sombra, pois não a tenho, na verdade ela é o passado, e eu sou o presente e o futuro. Confuso? Não acho. Errado? Não creio.
O que é o certo e o errado, se nossa cultura se modificada com o passar do tempo. A consciência é o guia, aponta a luz, vive o dia, alerta sobre o mal e freia a ousadia. E quem não a tem como fica? Impossível. Quando esqueceu a consciência foi por que assim o quis, todos nós gostamos de quebrar o nariz. Pode dizer que é o meio em que está, pode dizer que é a sociedade, jogue a culpa em algo para desperdiçar sua sinceridade.
Olha as cores do pintor, que borda um novo portal, transfere a energia a quem vê, e intriga quem conhece o anormal. Se a vida fosse pintada certamente escorreria, pois jogaríamos água para desmanchar e refazer todos os dias.
Esse tal de homem não se contenta com nada, se conseguisse tudo, jogaria fora, e se não tivesse nada, reclamaria a cada hora passada.
Tentam desvendar o espaço, quase não vêem o infinito, provas de conquistas fora da Terra que parecem farsa. Ciência materialista dos olhos vendados, o universo já está em tudo pra que procurar no espaço?
Há muito tempo o homem lia estrelas e fazia mapa do cosmos, mas primeiro já tinha entendido a razão da energia que movimenta os corpos. Sutil e avassaladora.
Aqui desse lado, vendo como vejo, me pergunto por que quase ninguém descobriu as coisas da vida, não relembraram, ao contrário, muitos dissiparam.
Então procuro ajudar a quem vejo andando em direção ao corredor, lhes mostro o caminho estreito onde se pula a dor. Caminho qual também não permaneço em linha reta, pois já fui e já voltei, como qualquer um.
Sou um nobre mendigo, vagabundo com caráter e moral superior, uma boa alma num bom corpo ou sem ele, qualidades e defeitos da sabedoria e do amor.
Sou visionário e todos também são, se não se olha o amanhã, se perde na rotina e na ilusão.
Meio denso, meio leve, meio corpo, meio espírito, às vezes eu, às vezes não. Estou cansado de me cansar, não tenho tempo para escrever ou recitar, minha tragédia é não ser visto e pouco sou ouvido, não há quem se interesse, pois cada um já se preocupa consigo mesmo, que também não é notado por quem está de fora.
Quem está dentro? Quem está fora? Acho que aqui só tem eu, mas no meu Eu há mais de mim, mais do que se pode perceber, em cada um há mais do que parece ter.
Os idiotizados não reparam nada e os politizados muito menos, estão atentos em si mesmos, mesmo assim conseguem se auto-ignorar, se desconhecem e pensam se conhecer.
Quem sou eu? Não sei mais, só busco a paz. Se para tê-la tenho que pensar, me aprisiono no passado e no futuro para refletir, vou e volto para surgir, sempre como uma surpresa é o que sou.
Bastardos amorosos e filhos degenerados, final dos tempos anunciado a gerações atrás. Filho de família, filhos de pátria, nada é tão ruim e nem todos tem alma penada. Vê-se solidariedade todo dia, cada catástrofe uma nova lágrima.
É difícil agradecer a Deus por isso, mas devemos ficar felizes em meio ao choro, pois quem foi para o outro lado recebeu um presente merecido, se livrou mais cedo da matéria a qual foi incumbido.
O mundo gira, produz energia e a libera no espaço, recebe e transmite como qualquer corpo, até chegar ao futuro a que foi destinado.
Nada foge a Lei, nem a Lei foge dela mesma, rápida como lesma, alegria e tristeza.
Liguem os holofotes! Acendam as lamparinas! Cortem o véu da ignorância que esconde a sabedoria. Bruxos, fadas e gnomos da floresta. Monstros de terno, água suja, concreto. Onde se meteram os guerreiros de paz, onde foi à galera da luz?
Lobos caçadores criando lobos despelados. Corruptos gerando pobres mal amados.
Portões e portais, do homem e do universo, escondidos nos ladrilhos, onde passam os bons e os perversos.
Está tudo lá, invisível, mas dá pra olhar, cada arte deixa uma pista, da luta e da conquista nessa vida submissa.
Então abra os centros, abra as sete portas, são à entrada da energia universal, trás a inteligência e a vitalidade espiritual.
Podem-se ter três. Porque se prender em um? Somos a união de uma trindade, causa e efeito da criatividade, da sublime divindade criadora, é natural.
Termos são termos e o real é realidade. Pontos de vista se convergem e várias linhas convergem para o centro da circunferência.
Então fique atento! Procure o seu sustento, material, emocional e espiritual. Se afaste das besteiras que possivelmente conduziram ao mal.
Pergunte, reflita, questione. Nem por um momento se abandone ou se faça de coitado, o peso nas costas é proporcional ao poder que nos foi dado.
Sempre ria, seja feliz, procure alguém para fazer feliz também, pois ficar só é deprimente. Não se isole, mas também não amole quem procura paz, a compreensão para o entendimento é a melhor coisa que se faz.
Perdoar mais de duas vezes é difícil, pelo menos não corra o risco de se chatear por quase nada. A convivência momentânea é suavizada com a conversa espontânea, seja natural como sempre foi.
Se zangar é normal, não é normal viver zangado. Encontre uma saída para as situações ruins, em que todas as partes fiquem bem.
É difícil. Todos são hipócritas, cegos ou videntes. Assim vou ter que me calar novamente, pois eu falo e você ouve mais não ouve. Eu indico e tu não segues, eu lhe mostro e você não vê. O que farei? Continuarei em meu caminho como guardião da criança a beira do abismo.
Assim andamos todos em rumo ao futuro, uns protegem, outros se chocam no muro. Progresso lento e potente, não deixa ninguém ausente ao seu importante papel.
Sou apenas uma gota do universo tentando purificar tudo ao redor, inclusive a mim mesmo. Vivemos nesse planeta azul, o elemento da água, que mostra nosso dever e ensina a vida passada. O passado do futuro é o presente, que a cada minuto se concretiza.
Então fugiremos novamente após o novo tempo, encontraremos um novo lugar para viver o próximo princípio. Depois disso todos me verão e ouvirão, já que no fundo do coração sou difícil de achar.
É duro viver sobre a linha certa que leva ao caminho, mas não vejo outra palavra além de felicidade. Errando se aprende, nem tudo se perdeu. Continuamos os mesmos sempre se renovando ao nascer do Sol que sucedeu.
Às vezes seus passos o levarão muito a frente, ou os outros que ficarão estacionados, a solidão o visitará, nada que não se possa superar.
Ilustres majestades da simplicidade, meio desprezos das amarras da materialidade, encorajando os alienados que encontram e precisando também da força da coragem.
Que bom. Estou me desatando aos poucos, desamarrando as amarras, abrindo os cadeados. Sete pontos estrelados de cores diferentes, transformam carne em gente e iluminam quem os sente.
Ligados no universo, atraídos pelo chão, flutuando grudados no planeta, energizados pelo movimento e rotação.
É tanta informação que a mente não agüenta, só se estiver no plano astral terá a base que sustenta. Na terra há homens que conseguem absorver, chegam a beira da loucura por ver o que ninguém vê, pensamentos que triplicam, somam na divisão, sangue é linha, linha é o estopim que leva à bomba da evolução.
Agüente um pouco mais, não se curve para sua própria sombra, não fortaleça seu ego, você é mais forte que ele.
Além de mim, cada um tem a sua, e além de cada uma existem várias. Seriamos mais felizes se ninguém precisasse de nós, então as pessoas seriam mais sensatas, não precisariam ouvir nossa vós. Seria o contrario do que é, pois hoje gritamos dentro das cabeças para sermos ouvidos.
Agita daqui, agita de lá e o liquido da cabeça começa a esquentar. Sujam-se, limpam-se, constante mutação e vontade de mudar.
Alguns percebem a estrela apontada para cima, concentram as energias e apontam para o alto, outros brincam de rodar a roda da vida, em qual ponta parará?
Trilhões de pontos luminosos, incontáveis planetas, esferas e moradas, onde há luz, há vida, nos planos astrais do infinito depois que a inteligência é provada.
É tudo um grande teste? Não, é apenas falta de visão. Se naturais somos, a estas leis devemos devoção. É tudo uma grande caminhada, uma pessoa faz uma família e nos céus nascem outras galáxias.
Por isso estou aqui, para ajudar e proteger, quem me quer por perto já entende algo, quem me tem como guardião não me quer perder.
Ao mesmo tempo em que quando buscamos achamos no bem, a porta, uma portinhola abre um abismo no mal que quem procura acha também.
Por isso tome cuidado, mas seja natural, dos átomos já tiramos a energia material, só falta o sentimento que abastece a energia espiritual.
Assim como tem muitos como eu, há aqueles que aconselham tristeza e ignorância. Cabe a cada um ouvir o que quiser, lembre que será atraído pela mesma vibração em que você estiver.
Na mente tem lembranças e aprendizados, na alma se ouve além, onde jamais teria chegado. Falam que tem in, sub, super, sem me perguntar o que realmente sou, se existo, se já vivi, pensam que terminou, mas apenas começou.
Digo mais, não há tempo para perder, não façam movimento por prazer. Se eu não aconselhasse não seria eu mesmo, pois á muito tempo já fui metralhado com milhares de conselhos.
Já contei como fui e como fomos, só me lembro das coisas boas, disse o que penso e sustento que o meu papel é libertar. Não dito regras, quando mais velho perceberá que é o natural.
Falei de vocês, do universo, que ainda fico perplexo ao admirar. Leia as paisagens e leia livros, escreva os seus próprios que irei te ajudar. Desenhe verdades e pinte os seus sonhos, quando se tem alguém para compartilhar tudo é mais fácil.
Não descobriram ainda que somos movidos por amor, que todos somos um único ser do infinito. Eu quero enxergar o lado bom e brecar os problemas.
Eu quero viver, fazer o que devo é o que quero. Eu quero renascer aqui ou lá, num lugar aonde possa estar feliz, eu quero é paz.
Por isso cada um tem o seu papel e juntos o mesmo destino, cedo ou tarde.
Obrigado pela conversa consigo mesmo, melhor pensar agora senão me esqueço, nesses três minutos de relampeio das memórias que vem do passado e do futuro. Agora me falo e me escuto, sou eu ou sou você, ambos os irmãos no tecido e no tecer, hora um pensa, hora o outro.
Se escute um pouco mais, pois serei eu quem vai dizer, se aconselhe e tente ver o resultado das tuas ações que irão acontecer.
Agora pare de pensar...
Acorde...
Desperte...
Desperte!
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