O ESPIRITUALISMO - Manifesto Espiritualista

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LITERATURA GRÁTIS

quarta-feira, 31 de março de 2010

O Mensageiro

Ah! Como posso caber nesta veste!
Como minha cabeça suporta tantos pensamentos,
Como meu coração não se cansa,
E como minha alma ainda consegue pulsar, viva.

Argh! Já não cabo em mim,
Não me encontro mais aqui,
Meus olhos já cansaram dos desgostos,
Do pranto desse esboço, que fizeram da humanidade.

Onde estão os revolucionários?
Onde estão os que deveriam lutar?
Vou me rasgar em mil pedaços e de nada isso adiantará,
Estão todos perdidos e do mesmo jeito me encontro agora.

Quero arrancar meus cabelos e rasgar minha veste,
Subir naquele monte e gritar minha fúria e decepção,
Todos vão ouvir o grunhido de um lobisomem,
Que não suportou ver o desastre da atual situação.

Vou me transmutar no imaterial,
Pois aqui ninguém quer fazer nada,
Vou renascer como uma fênix e no fogo sagrado lavar meus pecados,
Uma nova oportunidade para reverter meu futuro frustrado.

Da ira me desfiz em glória, glorifiquei a paz, admirei a aurora,
Decompus-me em luz, e o que não evoluiu em mim ficou para trás,
Hoje me tornei, ao invés de gritante furioso, um mensageiro,
Que leva a bandeira do amor e da paz como a cura do tempo derradeiro.

Luciano R.CV.

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