O ESPIRITUALISMO - Manifesto Espiritualista

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LITERATURA GRÁTIS

sábado, 3 de março de 2012

Poetizado

Tal rudimento me calou a boca por horas,
Cujo filamento não sei se é animal, vegetal, se é metal,
Como a visão turva, vista da face oculta da lua,
Despi minha veste de peles, deixei minha alma nua.

Da bacia que guarda o líquido entornado pelo declínio,
Da essência à matéria, que reveste de lã o couro da fera,
Brotou diante de mim o favo de sumo, da vida que consumo,
O claro veio depois do escuro, por tal questão minha mente fundiu em surto.

Cada texto tirado de cada palavra é entrelinha subjugada,
Da qual o autor não tem controle, da intenção ou do próprio homem que narra,
Que escreve pela maestria ou pela inconsciência da essência nata,
A refulgência da coerência, faz parelha com a significação espiritual extremizada.

Do corte que sofri, chorei feliz, sorri, parti,
De dor que não senti, vivi, colhi do fruto, aqui e ali,
De tudo um pouco escolhi, água da fonte já bebi, renasci,
Com o amor que queima, entendi, muitos segredos da vida aprendi.

E de cada texto tiro uma palavra, da palavra, número, do sentido outro texto, sentido,
Cognitivo, embriagado com o mais puro absinto, do espírito, do belo infinito,
Recito a mortalha da carne, o nascer da alma, do saber do Sol, no descer da garça,
O som da calma entusiasma, apaga e ascende a brasa, agradeço ao longo da estrada.

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